Confira os principais cuidados de instalação e manutenção desses sistemas

Os estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina registram sempre as temperaturas mais baixas do país quando chegam os meses de inverno. É exatamente por isso que os sistemas de aquecimento de água a gás fazem sucesso aqui na região.

Enquanto muitos prédios novos já são projetados prevendo o uso dessa tecnologia, moradores de apartamentos e casas antigos procuram instalar equipamentos individuais.

Ambos os tipos de instalação são seguros, mas precisam de manutenção.

A garantia é dada pelo responsável pelo 5º Comando Regional de Bombeiros de Caxias do Sul, tenente-coronel José Francisco Barden da Rosa. O militar, entretanto, recomenda que uma assistência técnica certificada faça a instalação e a manutenção periódica do equipamento.

Segundo o comandante, um dos itens a serem observados é que eventuais gases resultantes da combustão sejam lançados para o exterior, evitando que fiquem concentrados no interior da residência e causando riscos às pessoas. Essas saídas de gás devem ser devidamente projetadas.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil da cidade, Rafael Tregansin, explica que nas construções com sistemas de gás encanado o mais comum é o modelo de distribuição a partir de uma central com botijões de gás de 180 quilos colocados na área externa do edifício.

Esse gás é transportado pela canalização que passa, por exemplo, pelas paredes até chegar a um medidor responsável por distribuí-lo ao apartamento.

De acordo com Tregansin, tradicionalmente são colocados dois pontos de gás num apartamento, sendo que um fica na cozinha, para o fogão, e outro na área de serviço, que é tradicionalmente usado para sistemas de aquecimento. Nesse caso, o gás segue para o aquecedor que pode ser de acumulação de água (reservatório) ou de passagem. Desse ponto, a água sai já quente para demais dependências, como o banheiro.

Informações importantes sobre aquecedores:

Instalação
A instalação adequada é feita por assistência técnica.

Manutenção
Modelos novos vem com periodicidade de inspeção especificada no manual. Modelos antigos devem ser revisados com frequência, com especial cuidado para a limpeza dos bicos e sujeira nos dutos. Se o sistema ficar parado por muito tempo, chame um técnico antes de colocá-lo em funcionamento.

Cheiro
Os sistemas de aquecimento a gás não devem gerar cheiro. Se isso estiver ocorrendo, pode estar com problemas de vazamento ou o gás não está queimando. O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP – gás de cozinha que envolve a mistura de propano e butano) é inodoro. A ele, é adicionado um odorizante chamado mercaptana, responsável pelo cheiro que as pessoas normalmente sentem, por exemplo, quando trocam o botijão do fogão.

Asfixia
Sistemas bem regulados prevêem saída de gases e evitam a combustão incompleta, portanto, não há risco de asfixia se houver uma correta manutenção e instalação do equipamento. Especialista desaconselham usar métodos caseiros de aquecimento – esses sim arriscados – como braseiros (latas em que pessoas queimam carvão) ou bacias de água com álcool em que é ateado fogo. Essas procedimentos queimam o oxigênio do ambiente, impedindo a renovação do ar.

Estufas
Diferentemente do que muitas pessoas pensam, ela não queima oxigênio. Como se fosse uma lâmpada comum, irradia calor no ambiente. Risco por usar uma estufa desse tipo no banheiro só existe se houver algum problema na sua instalação elétrica, podendo provocar um curto-circuito. Já as estufas a gás queimam oxigênio, por isso devem ser usadas em ambientes ventilados.

(Com informações do Corpo de Bombeiros e do professor do curso de Engenharia da Universidade de Caxias do Sul – UCS – Paulo Roberto Wander)

 

Fonte: http://revista.penseimoveis.com.br