O Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, baixou uma portaria para deixar visível ao consumidor o nível de barulho de cada aparelho.  O novo selo, que a indústria já tem que adotar, exibirá uma escala classificando o nível de ruído.

Produtos como liquidificador, secador de cabelo e aspirador de pó vão ganhar um selo do INMETRO com o nível de ruído que eles emitem. Com a mudança, os eletrodomésticos mais barulhentos perdem espaço nas prateleiras.

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Atualmente, o selo ruído mostra apenas a quantidade de decibéis. O novo selo, que a indústria já tem que adotar, exibirá uma escala classificando o nível de ruído.

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Uma notícia boa para a saúde auditiva dos brasileiros: a partir de agora, todos os fabricantes e importadores de eletrodomésticos serão obrigados a indicar o nível de ruído emitido por alguns dos aparelhos mais usados no nosso país.

Eles são o avesso do silêncio. O liquidificador, o secador de cabelos, o aspirador de pó. É de olho no ruído que geram que o Inmetro, Instituto Nacional de Metrologia, baixou uma portaria para deixar visível ao consumidor o nível de barulho de cada aparelho.

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Hoje, o selo ruído mostra apenas a quantidade de decibéis. O novo selo, que a indústria já tem que adotar, exibirá uma escala classificando o nível de ruído. Ela vai de um, para os aparelhos mais silenciosos, a cinco, para os menos silenciosos. A classificação é feita pelo IPT, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas. É em uma sala, uma câmara reverberante, que o IPT mede os produtos. Por exemplo, um liquidificador, 84 decibéis. Um secador de cabelo, 84 decibéis. O aspirador de pó, 87 decibéis. Todos juntos produzem um ruído mais ou menos de 90 decibéis. O que seria a mesma coisa do som produzido por uma escola de samba passando na avenida ou de um estádio cheio de torcedores vibrando na hora do gol.

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Para receber a melhor avaliação no novo selo, o secador de cabelo não pode exceder 78 decibéis. O aspirador de pó, 80. O liquidificador, 85 decibéis.

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O selo é só indicativo, não obriga a indústria a produzir aparelhos menos barulhentos. “Para você fazer um produto vendável você tem que economizar em algumas coisas. E ai vem em detrimento da questão do ruído”, explica Marcelo Aquilino, físico do IPT.

A Organização Mundial de Saúde considera o barulho excessivo um dos causadores de diversas doenças, como diabetes e doenças cardíacas, além de comprometer a audição.

“Quanto mais silencioso, melhor para a gente. E para o cliente, também, Você vai ficar com um negócio funcionando no ouvido do cidadão? Eles acabam se irritando aqui, né?”, declara Josué Aquino, cabeleireiro.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional