Muito se fala na destruição da camada de ozônio ou nos buracos dessa camada, mas a maioria das pessoas não sabem onde ela fica e porque ela é destruida. Nesse artigo vamos falar sobre a formação e destruição da camada de ozônio.

O ozônio é formado quando as moléculas de oxigênio absorvem parte da radiação ultravioleta proveniente do sol, ocasionando a separação das moléculas em dois átomos de oxigênio. Estes átomos por sua vez, juntam-se com outras moléculas de oxigênio, formando assim o ozônio (O3), que contém três átomos de oxigênio.

Aproximadamente 90% do ozônio da terra está localizado em uma camada natural, logo acima da superfície terrestre conhecida como estratosfera. Esta camada natural atua como um escudo protetor contra a radiação ultravioleta.

A primeira preocupação sobre a provável destruição da camada de ozônio pelos CFC’s foi levantada com a publicação da teoria de que os átomos de cloro liberados pelos CFC’s poderiam migrar até a estratosfera, destruindo as moléculas de ozônio (Molina e Rowland, 1974), conforme mostra a figura abaixo.

Alguns dos CFC’s têm um tempo de vida na atmosfera superior a 120 anos, isto é, eles não se dissociam na baixa atmosfera (troposfera). Como resultado, os CFC’s migram vagarosamente para a estratosfera onde são atingidos por maiores níveis de radiação, liberando o cloro, que por sua vez livre, liga-se repetidamente com moléculas de ozônio provocando a separação dos átomos de oxigênio da molécula em questão.

Com a ocorrência da destruição do ozônio, maiores níveis de radiação tendem a penetrar na superfície terrestre. Além disso, devido ao longo tempo de vida dos CFC’s na atmosfera e ao fato de que um átomo de cloro pode destruir repetidamente milhares de moléculas de ozônio, serão necessárias muitas décadas para que a camada de ozônio retorne aos níveis de concentração anteriores, mesmo após a eliminação completa dos
CFC’s.

Desde que a teoria de destruição da camada de ozônio foi publicada pela primeira vez, pesquisas científicas têm mostrado uma preocupação geral com o aumento da concentração de cloro na estratosfera, que destruindo o ozônio, tem como resultado danos à saúde e ao meio ambiente, como por exemplo:

Aumento dos casos de câncer de pele;
Danos aos olhos (aumento dos casos de cataratas);
Enfraquecimento do sistema imunológico;
Danos às plantações;
Danos aos organismos aquáticos (algas marinhas);
Aumento da temperatura ambiente.

Como o ozônio é destruído?

Primeiramente, a luz ultravioleta quebra a ligação de um átomo de cloro da molécula de CFC. Em seguida, o átomo de cloro ataca a molécula do ozônio, quebrando a ligação entre os átomos. Forma-se uma molécula de O2 e uma de monóxido de cloro.
O monóxido de cloro é instável, tem sua ligação quebrada e forma-se novamente cloro livre, que vai atacar e destruir outra molécula de ozônio, repetindo-se o processo, ver figura abaixo.

 

Fonte: Apostila de Refrigeração do IFECT Bahia – Campus Santo Amaro